Problema de falta de luz na triagem do Aeroporto de Florianópolis (SC) é resolvido após mediação do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários). Categoria denunciou que desde o dia 3 de abril a iluminação do setor começou a ser ligada em torno das 19h, o que obrigava profissionais a trabalharem no escuro durante a chegada dos voos que aterrissavam antes deste horário.
De acordo com relatos dos profissionais do Aeroporto de Florianópolis, era preocupante ter iluminação somente a partir das 19h. Segundo eles, mesmo durante o dia a luz na triagem precisa estar ligada, já que a área é carente de luz natural. Um vídeo de denúncia foi enviado para nossas dirigentes de Florianópolis para comprovar a escuridão local a qual aeroviários estavam sendo obrigados a trabalhar.
SNA entra em contato com administradora do Aeroporto de Florianópolis
Patrícia Gomes, diretora do SNA responsável pela coordenação da região sul do país, afirma ser perigoso atuar em um setor como o da triagem sem iluminação adequada. “Além de problemas que envolvem possibilidade de troca de bagagem dos passageiros, o espaço escuro pode resultar em acidentes de trabalho”, explica.
O SNA encaminhou notificação à administradora do Aeroporto de Florianópolis, a Floripa Airport, além de acionar o técnico de segurança do trabalho das empresas. Após contato do Sindicato, o problema foi resolvido e a iluminação estabilizada em 7 de abril. Viviane Malmann, dirigente sindical do SNA, comemora a rápida solução, já que a situação causou grande preocupação. Ela conta ter recebido uma série de denúncias da categoria assim que a situação se apresentou.
“Profissionais procuraram o Sindicato para fazer a reclamação, em vez de acionar diretamente a gestão das empresas, em função de uma triste cultura do medo. Eles se sentem mais seguros conversando com a gente. Este é o resultado de nosso trabalho de base diário, que faz com que aeroviários e aeroviárias se sintam representados por dirigentes acessíveis, que podem mediar a solução de problemas, principalmente os que envolvem riscos de acidente do trabalho”, avalia a dirigente sindical.
Em um primeiro momento, a Floripa Airport alegou apenas cumprir as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), mas após insistência do sindicato em apontar, junto com profissionais, a crítica situação do ambiente de trabalho, a administradora do Aeroporto de Florianópolis teve que rever sua prática.
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Texto: Ag. Amora | Foto: Divulgação