SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) recebe a denúncia de que a Passaredo tenta aplicar Acordo de Licença não Remunerada fechado com o SAESP (Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo) nas bases do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários). Dirigentes sindicais lamentam que a empresa se aproprie da tensão gerada pela pandemia do Covid-19 para desrespeitar a legislação trabalhista.
Segundo a direção do SNA, a companhia aérea está enviando a minuta do acordo para os profissionais de diferentes bases, de forma indistinta. Porém, o acordo firmado com o SAESP apenas é válido para os aeroportos do estado de São Paulo, com exceção de Guarulhos, que tem um Sindicato específico.
Andre Carvalho da Silva, representante do SNA na base de Salvador (BA), conta ter sido procurado por funcionários do aeroporto local que receberam a proposta do acordo e não concordaram com os termos estipulados. “Assim que tomei conhecimento dessa irregularidade notifiquei o presidente do nosso Sindicato, Luiz Pará, que já buscou contato com a direção da empresa. Nossa parceria jurídica também foi acionada”, conta.
Profissionais das bases do SNA não devem assinar acordo com a Passaredo
A orientação é que os profissionais que atuem nas bases do SNA não assinem o documento, já que o acordo só é válido para aeroportos representados pelo SAESP. Segundo Andre Silva, a empresa apresentou como argumento que, como sua sede fica em São Paulo, a proposta fechada com o sindicato deste estado seria válida para todo o Brasil. “Essa informação não procede. Nossa direção, em parceria com a assessoria jurídica, já toma as medidas necessárias para que a companhia aérea corrija essa postura”, explica o representante do SNA.
A proposta de Licença não Remunerada surge durante a crise econômica mundial, resultado da pandemia Covid-19. A direção do SNA entende a necessidade de flexibilização na negociação com as empresas aéreas, mas não vai aceitar fechar qualquer acordo, por entender que profissionais da aviação civil precisam passar por este período com o mínimo de dignidade.
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Texto: Ag. Amora | Foto: Divulgação