Sindicatos filiados à FENTAC/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil/Central Única dos Trabalhadores) cobram das empresas aéreas proposta de reajuste salarial, na rodada de negociação realizada em 7 de novembro, em São Paulo. Apesar deste já ser o terceiro encontro e as pautas de reivindicação terem sido enviadas ao SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) há mais de um mês, a entidade patronal ainda não apresentou contraproposta para as categorias de aeroviários e aeronautas.
O próximo encontro está agendado para 13 de novembro. Direção do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) planeja convocar assembleias itinerantes, para informar profissionais da aviação civil sobre o andamento das negociações. Patrícia Luiza Gomes, coordenadora da região sul e representante da entidade nos encontros, espera que na próxima rodada as empresas apresentem propostas que possam ser levadas aos trabalhadores.
A diretora do SNA lembra a importância de conseguir garantir os direitos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), caso as negociações não sejam concluídas até 1 de dezembro. Isso porque, após a reforma trabalhista de 11 de novembro de 2017, ficou estabelecido que sindicatos que não fecharem acordo até a data base da categoria, perdem todos os direitos garantidos pela convenção. No caso dos aeroviários, direito à cesta básica, hora-extra de 100% e 150%, folga agrupada, entre outros.
“Nossa intenção é fechar a negociação na data base da categoria, no dia 1 de dezembro. Mas não sabemos como será o andamento das negociações. Queremos garantir que as empresas vão continuar cumprindo nossa CCT, caso não haja consenso até lá”, declara Patrícia, diretora do SNA.
Categoria reivindica reajuste salarial de aproximadamente 6,2%. O valor corresponde ao INPC (Índice Nacional de Preço do Consumidor) do período, estimado pelo DIESSE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) até o momento em 4,2%, mais ganho real de 2%.
Entre as cláusulas sociais, destaque para a reivindicação do auxílio maquiagem, quando esta for solicitada da empresa. Sindicatos entendem que exigências como unhas feitas, cabelos cuidados e rosto maquiado não só fazem parte do uniforme, como geram custo financeiro para trabalhadoras. Por isso, a remuneração é necessária.
Texto: Agência Amora | Fotos: Assessoria FENTAC/CUT