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Atos do Sindicato Nacional dos Aeroviários em aeroportos mobilizam trabalhadores das prestadoras de serviços à greve

Atos em aeroportos mobilizam à greve: aeroviários das terceirizadas não têm aumento há dois anos

Direção do Sindicato Nacional dos Aeroviários realiza atos de mobilização à greve dos profissionais da aviação civil nos aeroportos de Brasília (DF) e Salvador (BA), em 31 de outubro, com possibilidade de novas manifestações em outros estados, ao longo do dia.
Atos do Sindicato Nacional dos Aeroviários em aeroportos mobilizam trabalhadores das prestadoras de serviços à greve
Atos do Sindicato Nacional dos Aeroviários em aeroportos mobilizam trabalhadores das prestadoras de serviços à greve

Direção do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) realiza atos de mobilização à greve dos profissionais da aviação civil nos aeroportos de Brasília (DF) e Salvador (BA), em 31 de outubro, com possibilidade de novas manifestações em outros estados, ao longo do dia. Para não precisar cumprir a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria, empresas terceirizadas se recusam a reconhecer seus empregados como aeroviários. O resultado: trabalhadores há dois anos sem receber aumento de salários, apesar de o reajuste conquistado pelo sindicato ser anual.

Prestadoras de serviços impõem representação
A manobra das empresas prestadoras de serviço é a seguinte: afirmam que seus funcionários não são representados pelo sindicato da categoria aeroviária, mas sim pela Fenascom, uma Federação de Asseio e Conservação que em nada tem a ver com as atividades realizadas por esses profissionais nos aeroportos.

Luiz Pará, presidente do SNA, explica que uma empresa não pode definir qual é a entidade que representa os trabalhadores. A escolha é feita pelos empregados. “Muitos desses profissionais já são nossos sindicalizados, eles reconhecem nossa forte atuação nas bases. Diferente da Fenascom, que nunca realizou qualquer tipo de assembleia e não tem nenhum funcionário que a represente em nenhuma das empresas prestadoras de serviços do setor aéreo”, afirma Pará. Segundo ele, uma federação não pode representar uma base, quando esta base já tiver a representação de um sindicato.

Outra reivindicação constante dos profissionais que trabalham nas prestadoras de serviço é que deixem de ser tratados como trabalhadores de segunda categoria. Aeroviários afirmam que as condições dos que são empregados pelas empresas aéreas são diferentes dos contratados pelas suas terceirizadas. O que fere a legislação trabalhista.

A direção do SNA tenta diálogo com as prestadoras de serviços há dois anos, em vão. Dirigentes sindicais já apelaram para a mediação de órgãos públicos como o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Mas já que, apesar dos esforços da direção sindical, as empresas terceirizadas insistem em desrespeitar a reivindicação da categoria de ser representada pelo Sindicato que escolher, medidas como a organização de uma greve surgem como única solução.

Texto e foto: Ag. Amora

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